Criança de cinco anos é primeira vítima do H1N1
Aldair DantasA subcoordenadora de Vigilância Epidemiológica Juliana Araújo descarta surto da doença no Estado
A subcoordenadora de Vigilância Epidemiológica Juliana Araújo enfatiza que não caracteriza novo surto da doença, embora considere haver subnotificação dos casos, após a pandemia ocorrida em 2009. "Não há estado epidêmico e nem indicam surto. São casos pontuais, isolados, mas iremos reforçar os cuidados", disse. Apenas os casos graves, que apresentam febre, tosse e dispnéia são notificados. Uma nota técnica mostrando as estatísticas e reforçando a necessidade de atenção para o diagnóstico e tratamento, bem como para práticas de higiene será publicada hoje, pela Sesap. A redução no número de casos se deve a cobertura da vacinação, realizada em 2010. "Como houve a imunização de grupos de riscos isso reduziu a ocorrência, mas não quer dizer que o vírus está fora de circulação. Não há como termos prevenção sem vigilância", disse.
Juliana Araújo lembra que o vírus tornou-se um vírus sazonal, com maior incidência, em estados da região Nordeste, no período de dezembro a fevereiro, quando o calor e as chuvas intermitentes aumentam o número de problemas respiratórios. Na região Sul ocorre na época de inverno.
Stella Leal, responsável pela vigilância da Influenza na Sesap, explicou que a vacinação não atinge 100% da população e que ainda pode deixar algumas pessoas susceptíveis ao vírus, que continua em circulação em todo o país. Stella lembrou ainda que a Sesap vem observando uma redução nas notificações da doença e alerta para que os profissionais de saúde continuem fazendo as notificações de casos suspeitos e solicitando o exame de confirmação.
Apesar da mutação do vírus, alerta o médico e presidente da Sociedade de Infectologia Hênio Lacerda, os casos são pontuais e a cobertura da vacinação tem se mostrado eficaz. "É preciso investigar se este é um caso que não foi imunizado, se fazia parte do grupo de risco porque não recebeu ou se é uma fatalidade", afirma. A retomada de práticas de higiene, como lavar as mãos com sabão, o uso de álcool em gel e evitar ambientes fechados de grande aglomeração, bem como o uso compartilhado de objetos, podem prevenir o contágio.
Em caso de dificuldade de respirar associada a gripe, orienta o médico, é preciso buscar uma unidade médica. O uso de medicação durante as primeiras 48 horas de manifestação dos sintomas é fundamental. Os hospitais regionais e alguns privados estão abastecidos com a medicação, usada somente sob prescrição médica.
Cuidados
Os vírus que causam a gripe podem sobreviver de 2 a 8 horas em locais como maçanetas, mesas, corrimões, etc. Então, lave as mãos vigorosamente e com frequência; use água e sabão e esfregue bem entre os dedos.
Evite ficar tocando seus olhos, nariz e boca; Evite locais com muitas pessoas e mantenha os ambientes arejados; Se já estiver com o vírus: Cubra sua boca ou nariz com um lenço de papel quando espirrar ou tossir; Procure ficar em casa por 7 dias e evite abraços, beijos e apertos de mão.
Fonte: Tribuna do Norte
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