Foto: EBC
Um total de 30 médicos e 70 enfermeiros, oriundos de todas as seis Unidades Regionais de Saúde (Ursaps), da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), participaram de uma oficina de capacitação organizada pelo Programa de Controle de Acidentes por Animais Peçonhentos, da Subcoordenadoria de Vigilância Ambiental (Suvam), que aconteceu nas últimas quarta e quinta-feira (21 e 22), no hotel Praia Mar, em Ponta Negra.
De acordo com a técnica Iraci Nestor, do Programa de Controle de Acidentes por Animais Peçonhentos, o público-alvo da oficina era composto por médicos e enfermeiros de hospitais regionais, municipais e de Pronto Atendimento, abrangendo todo o estado.
O principal tema de discussão consistiu na abordagem do "Diagnóstico e Tratamento", seguido das notificações desses agravos. De acordo com Iraci Nestor, a notificação de agravos tem apontado um crescimento significativo a cada ano, tendo alcançado, entre 2012 e 2013, o registro de 6.000 atendimentos, contando, inclusive, com seis óbitos.
"A região com maior incidência de casos tem sido a Grande Natal, sobressaindo-se, com grande número, de agressões por escorpião. Em segundo lugar, aparece o agravo por agressão de serpentes", contou Iraci. "E temos registrado que as notificações desses agravos têm um número sempre crescente, a cada ano."
No caso específico de acidentes com escorpiões, foram registrados no Rio Grande do Norte em 2013 mais de 1.600. No período compreendido entre 2010 e 2013, de acordo com a Subcoordenadoria de Vigilância Ambiental (Suvam), chega a 15 mil pessoas as vítimas de acidentes com animais peçonhentos no estado. Desse total, mais de 10 mil casos foram provocados pela picada de escorpião.
Além dos escorpiões e serpentes, fazem parte do grupo de animais peçonhentos as aranhas, insetos do grupo das abelhas, maribondos, lagartas (taturana ou lagartas-de-fogo), alguns anfíbios como sapos e animais aquáticos do tipo arraias, bagres, peixe-pedra (niquim), águas-vivas e caravelas.
Observando-se o ranking dos animais que provocam mais acidentes desse tipo, as abelhas (1.061 casos) e serpentes (1.592 casos) seguem os escorpiões (1.626). Os acidentes registrados acontecem frequentemente com a espécie Tityus stigmurus, conhecido como o "escorpião amarelo do Nordeste".
No caso de dúvida com relação à prevenção e cuidados com os acidentes envolvendo esses tipos de animais, pode ser acionado o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) do município. No RN temos CCZ nos municípios de Natal, Parnamirim, Mossoró, Currais Novos, Caicó e Serra Negra. Além disso, o usuário pode procurar a sede das unidades regionais de saúde pública (Ursaps) ou a própria Sesap, por meio do Centro de Assistência e Informações Toxicológicas (3232-2721).
FONTE
POSTADO POR
Nenhum comentário:
Postar um comentário