Foram intensificadas ações como visitas às casas pelos agentes e o trabalho de conscientização junto à população
Com a aproximação do período chuvoso, às vésperas da Copa do Mundo de Futebol, as autoridades estão preocupadas com os últimos números relacionadas com a dengue em Natal. No último dia s6 de março foi notificado um óbito suspeito da doença, no Paço da Pátria, zona Leste de Natal – sendo o primeiro caso registrado do ano. Além disso, o Índice de Infestação Predial (IIP) para o Aedes aegypti está quase três vezes maior do que o recomendado pelo Ministério da Saúde, ficando em 2,8%, quando o máximo aceitável é menos que 1%.
De acordo com a classificação entomológica, esta infestação indica que o município de Natal encontra-se em médio risco para ocorrência de transmissão da doença. Natal é uma das 13 capitais brasileiras consideradas em situação de alerta da dengue pelo Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) por apresentar larvas do mosquito em 1% e 3,9% dos imóveis pesquisados. O balanço foi divulgado no último dia 18 pelo Ministério da Saúde.
Segundo o chefe do Centro de Controle de Zoonoses, Alessandre Tavares, como o primeiro semestre do ano costuma ser um período epidêmico, a Secretaria Municipal de Saúde de Natal pretende construir um plano operativo para o enfrentamento de possíveis agentes endêmicos. “O plano de contingência é um importante instrumento para planejarmos as possíveis ações de resposta, possibilitando a contenção na expansão de uma situação epidêmica, bem como contribuindo para minimizar o impacto dessa situação para a rede e a população”, explicou Alessandre Tavares.
Alessandre Tavares ressalta que, esse nível é de alerta, e, portanto está intensificando as notificações dos casos e suspeitas de dengue como, diagnóstico diferencial para sintomáticos compatíveis com o quadro clinico da doença, bem como solicitando a sorologia e isolamento viral para confirmação dos casos e monitoramento do sorotipo circulante.
“Diante desse quadro intensificamos as ações de controle vetorial, que é a visita casa a casa com os agentes, bem como intensificar o trabalho de conscientização junto a população, pois esse trabalho é fundamental. Além disso, todas as unidades de saúde estão de portas abertas para atender aquelas pessoas que estão com suspeita da doença, pois o diagnóstico precoce diminui os riscos. Também vamos intensificar as ações nas áreas de maior vulnerabilidade para proliferação do mosquito”, afirmou Alessandre Tavares.
A Secretaria Municipal de Saúde orienta à população que em caso de dois ou mais sinais como, febre alta, dor de cabeça, dor nos olhos, dor nas articulações e músculos, dor abdominal, vômitos, sangramento entre outros sintomas, procurar a unidade de saúde mais próxima de sua residência.
Além disso, desde o início do mês, a Secretaria intensificou a campanha educativa chamando a atenção da população de Natal para a necessidade de contribuir com o trabalho de prevenção à dengue. A campanha está sendo veiculada no rádio, TV e jornal, além das mídias sociais e material impresso que está sendo disponibilizado nas unidades de saúde. A campanha trabalha o conceito “Você já sabe o que fazer, mas precisa ser agora – Sua ação é a melhor prevenção”.
O Centro de Controle de Zoonoses da Secretaria Municipal de Saúde publicou, no dia 14 de março, o primeiro Boletim Epidemiológico da Dengue de 2014, com dados relativos aos meses de janeiro e fevereiro. O boletim acusa a ocorrência de 123 casos de dengue, sendo o Distrito Sanitário Sul o que apresenta a maior incidência de casos, 52. A incidência na população masculina é maior do que na população feminina, enquanto que, por faixa etária, a mais afetada é a dos 20 aos 34 anos.
O Levantamento Rápido do Índice de Infestação para o Aedes aegypti é realizado a cada dois meses com o intuito de identificar os criadouros predominantes e a situação de infestação do município, permitindo o direcionamento das ações de controle para as áreas mais críticas.
O parâmetro considerado satisfatório para o Índice de Infestação Predial (IIP) pelo Programa Nacional de Controle da Dengue (PNCD), do Ministério da Saúde, é menor que 1%. O índice entre 1% e 3,9% é considerado de médio risco e acima de 4% é considerado de alto risco. De acordo com o boletim, no 1º LIRAa de 2014 o IIP é de 2,8%, isso significa que a cada mil imóveis, 2,8 apresentam a larva do mosquito transmissor da doença. Este valor indica médio risco para transmissão da dengue no município de Natal.
“Esse índice não é bom. O ideal era que estivéssemos abaixo de um. O plano de contingência pretende possibilitar a contenção na expansão de uma situação epidêmica, bem como contribuir para minimizar o impacto dessa situação para a rede e a população”, explicou o chefe do Centro de Controle de Zoonoses, Alessandre Tavares. O próximo levantamento será feito no mês de maio, quando será avaliado se as estratégias adotadas deram certo.
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