Dia da Consciência Negra será comemorado com danças, comidas e celebração religiosa
Na
terça-feira (20) é celebrado no Brasil o Dia da Consciência Negra, a
data marca um momento de reflexão sobre a importância da cultura e do
povo africano na formação da identidade nacional, seja através dos
ritmos musicais, da dança, da culinária, da história e até mesmo na
religião.
"Há oito anos estamos realizando este evento na cidade e temos visto que as pessoas têm procurado participar, conhecer um pouco mais sobre a nossa religião, que ainda é vista por alguns com preconceito, pois vinculam esta a magia, feitiçaria. Temos buscado também através do evento contribuir para a quebra do preconceito em relação ao negro e a sua cultura no nosso município", explicou Pai Neto.
O professor-doutor Lourival Andrade Júnior disse que durante viagem pelo seridó para desenvolver o Projeto África Brasil, no qual busca conhecer e divulgar aspectos das religiões africanas em 23 cidades do nosso Estado, o que percebeu é que as crenças ligadas à Umbanda, Candomblé, entre outras, ainda encontram muita resistência por parte da população.
"No seridó as religiões que têm como berço a África ainda encontram resistência por parte da população. Os mestres sentem-se desvalorizados frente ao preconceito que ainda existe, e aquelas pessoas que se mantêm fiéis aos seus cultos vêm de uma tradição familiar, eles passam suas crenças de geração para geração, e o que se constata e é que ao longo dos anos essas manifestações tornaram-se híbridas, passando a apresentar marcas da pajelança indígena, do catolicismo, o candomblé, entre outros ritos", explicou Lourival.
Ele ainda destaca que essas religiões não são mais praticadas apenas por negros, no nosso Estado elas ganharam um contorno diferente e têm novos adeptos como mulatos e brancos.
Sobre a Louvação a Baobá, José Neto de Almeida informou que o ato vai reunir os terreiros da cidade em louvação ao baobá, árvore típica da África, considerada sagrada e milagrosa pelos adeptos de umbanda, simbolizando louvor aos orixás e antepassados (escravos e pretos velhos).
"O baobá é uma árvore milagrosa cultuada pelos orixás, e a louvação a ela simbolizará a união de todos os terreiros de umbanda de Mossoró, com a presença de artistas", diz Neto.
A Lei nº 10.639 no dia 9 de janeiro de 2003 estabeleceu no calendário escolar do Brasil o Dia da Consciência Negra. O dia 20 de novembro foi escolhido em alusão ao diz em que Zumbi, símbolo da resistência negra ao regime escravocrata, foi assassinado, em 1695. Seu objetivo é fazer refletir sobre a inserção do negro na sociedade brasileira e sobre a questão da igualdade racial.
Zumbi morreu em combate, defendendo seu povo e sua comunidade. Os quilombos representavam uma resistência ao sistema escravista e também um forma coletiva de manutenção da cultura africana aqui no Brasil. Zumbi lutou até a morte por esta cultura e pela liberdade do seu povo.
A mesma lei também tornou obrigatório nas instituições de ensino o aprendizado sobre História e Cultura Afro-Brasileira, trazendo até os alunos temas como história da África e dos africanos, luta dos negros no Brasil, cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, propiciarão o resgate das contribuições dos povos negros nas áreas social, econômica e política ao longo da história do país.
Além dos festejos e da lembrança histórica, a data foi planejada para marcar e abrir o debate sobre as políticas de ações concretas para o acesso dos negros, ao que um estado democrático de direito deve oferecer a todo e qualquer cidadão: direito à educação inclusive superior, à saúde, à justiça social, entre outros aspectos.
Em Mossoró, para celebrar a data será realizado na praça do Teatro
Municipal Dix-huit Rosado a tradicional Louvação a Baobá. O responsável
pelo evento José Neto de Almeida, mais conhecido como Pai Neto, explicou
que a comemoração tem como objetivo gerar na população uma reflexão a
respeito das questões que envolvem o negro no Brasil e apresentar aos
mossoroenses uma oportunidade de conhecer um pouco mais da cultura
afro-brasileira.
"Há oito anos estamos realizando este evento na cidade e temos visto que as pessoas têm procurado participar, conhecer um pouco mais sobre a nossa religião, que ainda é vista por alguns com preconceito, pois vinculam esta a magia, feitiçaria. Temos buscado também através do evento contribuir para a quebra do preconceito em relação ao negro e a sua cultura no nosso município", explicou Pai Neto.
O professor-doutor Lourival Andrade Júnior disse que durante viagem pelo seridó para desenvolver o Projeto África Brasil, no qual busca conhecer e divulgar aspectos das religiões africanas em 23 cidades do nosso Estado, o que percebeu é que as crenças ligadas à Umbanda, Candomblé, entre outras, ainda encontram muita resistência por parte da população.
"No seridó as religiões que têm como berço a África ainda encontram resistência por parte da população. Os mestres sentem-se desvalorizados frente ao preconceito que ainda existe, e aquelas pessoas que se mantêm fiéis aos seus cultos vêm de uma tradição familiar, eles passam suas crenças de geração para geração, e o que se constata e é que ao longo dos anos essas manifestações tornaram-se híbridas, passando a apresentar marcas da pajelança indígena, do catolicismo, o candomblé, entre outros ritos", explicou Lourival.
Ele ainda destaca que essas religiões não são mais praticadas apenas por negros, no nosso Estado elas ganharam um contorno diferente e têm novos adeptos como mulatos e brancos.
Sobre a Louvação a Baobá, José Neto de Almeida informou que o ato vai reunir os terreiros da cidade em louvação ao baobá, árvore típica da África, considerada sagrada e milagrosa pelos adeptos de umbanda, simbolizando louvor aos orixás e antepassados (escravos e pretos velhos).
"O baobá é uma árvore milagrosa cultuada pelos orixás, e a louvação a ela simbolizará a união de todos os terreiros de umbanda de Mossoró, com a presença de artistas", diz Neto.
Data faz alusão direta ao símbolo da resistência negra no Brasil
A Lei nº 10.639 no dia 9 de janeiro de 2003 estabeleceu no calendário escolar do Brasil o Dia da Consciência Negra. O dia 20 de novembro foi escolhido em alusão ao diz em que Zumbi, símbolo da resistência negra ao regime escravocrata, foi assassinado, em 1695. Seu objetivo é fazer refletir sobre a inserção do negro na sociedade brasileira e sobre a questão da igualdade racial.
Zumbi morreu em combate, defendendo seu povo e sua comunidade. Os quilombos representavam uma resistência ao sistema escravista e também um forma coletiva de manutenção da cultura africana aqui no Brasil. Zumbi lutou até a morte por esta cultura e pela liberdade do seu povo.
A mesma lei também tornou obrigatório nas instituições de ensino o aprendizado sobre História e Cultura Afro-Brasileira, trazendo até os alunos temas como história da África e dos africanos, luta dos negros no Brasil, cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, propiciarão o resgate das contribuições dos povos negros nas áreas social, econômica e política ao longo da história do país.
Além dos festejos e da lembrança histórica, a data foi planejada para marcar e abrir o debate sobre as políticas de ações concretas para o acesso dos negros, ao que um estado democrático de direito deve oferecer a todo e qualquer cidadão: direito à educação inclusive superior, à saúde, à justiça social, entre outros aspectos.
Fonte: Redação do Jornal O Mossoroense
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