As chuvas devem continuar no interior do Estado e litoral até o dia 26 deste mês, segundo a Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn), sob influência de um fenômeno denominado vórtice ciclônico.
Imagem Ilustrativa |
Em algumas cidades da região oeste potiguar, principalmente, há registro de chuvas desde a última quarta-feira. A distribuição dessas chuvas no território potiguar, no entanto, é irregular e característica desse fenômeno.
As precipitações nessa época do ano são conhecidas como “chuva do caju” devido à coincidência com a época de florada dos cajueiros. A água mais quente do Oceano Atlântico contribui à formação do vórtice e faz chover nas regiões oeste e litoral do Rio Grande do Norte, de acordo com as explicações do serviço de meteorologia da Emparn.
“É um bom sinal — que não tivemos no ano passado — em relação à estação chuvosa do próximo ano para o semiárido nordestino. Embora não seja, por enquanto, suficiente para dizermos se teremos ou não um inverno normal”, ressalta o chefe do setor de meteorologia da Emparn, Gilmar Bristot.
Entre a quarta-feira e manhã de ontem (17), de acordo com a Emparn, choveu em 13 municípios, sendo a maioria no oeste do Rio Grande do Norte. Mas, nas redes sociais, moradores de cidades localizadas na região Central potiguar relatam a ocorrência de precipitações nas áreas urbanas e rurais. Em Campo Grande (48,2mm) e Felipe Guerra (45mm) ocorreram as maiores chuvas.
O meteorologista afirma que vem ocorrendo um enfraquecimento do El Niño, e que isso é um comportamento favorável à ocorrência das chuvas para o semiárido no próximo ano, e que a eventual ocorrência de menos chuvas na região Sul do país pode ser um outro aspecto interessante para o Nordeste. “Verificamos boa elevação na temperatura do Oceano Atlântico, atingindo 24 graus, uma elevação fantástica porque em setembro tivemos registros de temperaturas bem baixas. Ou seja, houve em curto intervalo de tempo uma boa elevação da temperatura. Isso é bom”, disse Bristot.
Os fóruns entre meteorologistas de vários institutos para discutir o comportamento da estação chuvosa no semiárido não começaram — nessa época do ano os especialista já têm realizado as primeiras rodadas de discussões —, e só devem ocorrer em janeiro.
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