quarta-feira, 22 de maio de 2013

GREVE NA REDE MUNICIPAL DE ENSINO - NATAL/RN

Professores aguardam reunião com prefeito para decidirem sobre adesão à greve

Imagem/Arquivo Blog "naserra"
A paralisação das aulas do Município aprovada pela maioria dos professores na última segunda-feira (20), ainda não teve inicio em algumas escolas da cidade. No Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Nossa Senhora de Lourdes em Mãe Luisa, os educadores ainda vão se reunir para decidir se entrarão ou não em greve. O caso é comum também em outras unidades de ensino. O Sinte, no entanto, acredita que a adesão à greve será de aproximadamente 90%.

Diferente de algumas escolas em que a greve ocorre em turnos diferentes ou por opção de cada profissional, na creche Nossa Senhora de Lourdes a decisão deverá ser tomada em conjunto pelos profissionais que trabalham nos dois turnos. "Vamos aguardar a reunião entre a categoria e o prefeito", disse a diretora Ana Guimarães.


Segundo a diretora CMEI, a preocupação com os alunos, que têm idades entre um e quatro anos, é um empecilho para a adesão à greve, apesar dos pais compreenderem a causa dos professores. Outro problema apresentado pela diretora é em relação ao calendário letivo, pelo possível atraso e pagamento das aulas posterior a paralisação. 

Este impasse também está presente na Escola Municipal Antônio Campos, localizada no mesmo bairro. De acordo com a vice-diretora, Fabiana Barros, algumas professoras querem aderir à greve, e outras não. Assim como no caso do CMEI de Mãe Luíza, os profissionais da escola não aderiram às greves anteriores.

"Para os professores, a maior reinvidicação é em relação ao reajuste salarial. Além disso, outras escolas precisam da melhoria das instalações físicas, que não é o caso da nossa escola", ressaltou Fabiana Barros, explicando ainda que, caso a escola entre em greve, um comunicado será enviado aos pais dos alunos.

Por outro lado, há os que defendem a adesão total à greve. É o caso da coordenadora pedagógica da escola Iapissara Aguiar de Souza, na Zona Norte de Natal, Ana Karla Varela. No entendimento da educadora, as perdas estão acumuladas há três anos e os salários supostamente não teriam conseguido revisão. Além disso, a educadora também argumenta a falta de diálogo por parte do Executivo e também os problemas estruturais das escolas.

"A greve é um direito constitucional dos trabalhadores e entendo que é o único caminho para que a Prefeitura abra um diálogo com os professores", disse Ana Karla Varela.

Apesar de não ter havido uma adesão completa até o momento, o Sinte acredita que até 90% dos educadores irão paralisar as atividades. "Não tenho dúvida que o pessoal que é do quadro do magistério da educação irá aderir a greve", disse a presidente do Sinte, Fátima Cardoso. 

"Esperamos chegar a algum acordo em reunião com o prefeito na sexta, e a assembleia da próxima segunda (27) será para a elaboração de novas estrategias", finalizou.

Impasse

A Secretaria Municipal de Educação informou que não poderia atender integralmente às reivindicações dos professores devido ao limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal. O Município, atendendo ao pedido, ultrapassaria a margem legal de gastos com folha de pagamento para o setor.

Está programada para a próxima sexta-feira (24) uma reunião entre os representantes dos professores e o prefeito de Natal, Carlos Eduardo, onde uma alternativa será discutida.


Isabelle Ferret - repórter

FONTE

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