Chefe da mesa diretora desde a cassação de Eduardo Cunha, democrata tem apoio de 15 partidos, incluindo PSL de Bolsonaro; eleição tem ainda outros 6 candidatos e definirá ocupantes também mais 11 cargos no comando da Casa
Rodrigo Maia durante votação para a presidência da Câmara em 2016
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A Câmara dos Deputados dá início nesta sexta-feira (1ª) aos trabalhos da 56ª legislatura. Quase metade dos 513 parlamentares (47,3%) eleitos em 2018 são novos na Casa, mas a probabilidade de essa renovação se manifestar no comando da mesa diretora é baixa.
O atual presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ) , que chegou a esse posto após a cassação do mandato de Eduardo Cunha (MDB-RJ), em 2016, é o favorito a acumular mais um mandato de dois anos à frente da presidência da Câmara dos Deputados . A eleição está marcada para as 18h.
Maia conta com o apoio de 15 dos 30 partidos que compõem a nova Câmara. A aliança em torno do democrata reúne bancadas de peso, como o MDB (que tem 34 deputados) e o partido do presidente da República, Jair Bolsonaro, o PSL, que detém a segunda maior bancada da Casa, com 52 parlamentares eleitos.
Mesmo partidos do bloco de oposição ao governo já manifestaram apoio à candidatura de Maia. É o caso do PCdoB, partido que cedeu Manuela D'Ávila, a candidata a vice na chapa de Fernando Haddad (PT) na eleição presidencial de 2018. Também consta no rol de apoiadores de Maia o PDT, partido que lançou Ciro Gomes à Presidência no ano passado.
Ao oficializar sua candidatura, nessa quinta-feira (31), Rodrigo Maia pregou discurso de diálogo. "O Parlamento vai decidir quem vai presidir a Câmara. Meu perfil é de equilíbrio, capacidade de diálogo, de conversar com todas as correntes políticas e ideológicas", afirmou.
Além do filho do ex-prefeito do Rio de Janeiro César Maia, também estão no páreo outros seis parlamentares: Fábio Ramalho (MDB-MG), General Peternelli (PSL-SP), JHC (PSB-AL), Marcel van Hattem (Novo-RS) , Ricardo Barros (PP-PR) e Marcelo Freixo (PSOL-RJ).
Freixo dá início nesta sexta ao seu primeiro mandato como deputado federal, após anos atuando na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Ele é o único representante da chamada esquerda na disputa.
PSOL, PT e PSB possuem acordo em torno da eleição, mas que não passa por candidatura própria. Por essa razão, o PSB decidiu lançar o deputado João Henrique Caldas (conhecido como JHC), em oposição a Maia.
Fábio Ramalho, General Peternelli e Ricardo Barros figuram como candidatos à revelia de seus partidos (MDB, PSL e PP, respectivamente), que oficialmente apoiam Rodrigo Maia.
Já Marcel van Hattem, um dos fundadores do Movimento Brasil Livre (MBL) no Rio Grande do Sul), hasteia a bandeira da renovação para tentar atrair o grande contingente de novos parlamentares. Ele conta com o apoio de Kim Kataguiri , que abriu mão de candidatura própria após discussões na Justiça.
Como será a votação para a presidência da Câmara dos Deputados
Câmara dos Deputados terá renovação para a 56ª legislatura |
A votação para a presidência da Câmara será realizada por meio do voto secreto . Cada candidato deve ter direito a dez minutos de discurso na sessão, que será comandada pelo parlamentar mais velho, Gonzaga Patriota (PSB-PE), uma vez que o atual presidente (Maia) é um dos candidatos.
O quórum mínimo para o início da votação é de 257 deputados no plenário. Esse número é também o total de votos necessário para que um candidato seja eleito em primeiro turno. Caso isso não ocorra, o segundo turno terá disputa entre os dois mais votados e, desta vez, vence aquele que receber mais votos.
Além da presidência da Câmara dos Deputados , estão também em disputa outros 11 cargos na mesa diretora, que é responsável pelas decisões administrativas da Casa. São eles: 1ª vice-presidência, 2ª vice-presidência, 1ª secretaria, 2ª secretaria, 3ª secretaria, 4ª secretaria e suplentes. Os partidos terão até 13h30 da tarde para formar os blocos para compor a mesa diretora.
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