Estresse, noites mal dormidas, tabagismo e excesso de peso são alguns fatores que contribuem para o agravamento do problema. Foto: Divulgação
Maus hábitos aumentam o risco de sofrer de problemas que provocam as temidas dores nas costas e também contribuem para o agravamento do mal. Evite:
- O tabagismo: “Já está mais do que comprovado que o fumo promove lesão nas estruturas vasculares do disco e nas articulações da coluna, predispondo a uma maior degeneração de suas estruturas”, explica a fisioterapeuta Patricia Suassuna, do Centro Multidisciplinar da Dor.
- Descuidar do peso: além de causar sobrecarga na coluna, os quilinhos em excesso podem aumentar o risco de alterações inflamatórias que funcionam como a gota-d’água para o surgimento de dores.
- Calçados inadequados: “Quando as mulheres usam salto alto, acabam deslocando o corpo um pouco mais para a frente, para tentar compensar a postura. Além disso, ao caminhar, é comum que estendam demais os joelhos, sobrecarregando a articulação que une a patela com o fêmur e aumentando a lordose lombar. A longo prazo, esse desequilíbrio postural pode trazer problemas mais sérios, como a lombalgia e a hérnia de disco”, avisa o fisioterapeuta Maurício Garcia, do Centro de Traumatologia do Esporte da Unifesp. Por outro lado, os calçados sem salto nenhum, com o solado reto, também não são uma boa opção. “Eles não amortecem o impacto, sobrecarregando a coluna”, adverte a fisioterapeuta Sylvia Helena Ferreira da Cunha Henriques, do IAF. Ela indica que, no dia a dia, os sapatos com saltos menores, de 3 a 5 cm, sejam os mais usados.
- Mochilas e bolsas pesadas demais: um grave problema desses acessórios é o que colocamos dentro deles. “O peso da bolsa é o mais preocupante, pois não deve exceder 5% a 8% do peso corporal”, diz Garcia. A maneira de carregá-la também faz diferença. “As mochilas ideais são aquelas de alças largas e acolchoadas, que prendem na cintura, para distribuir o máximo possível o peso. Com as bolsas, o principal cuidado é trocar várias vezes de ombro”, ensina a fisioterapeuta e cinesiologista Mariana Schamas, coordenadora da Caminhada Pare a Dor.
- Estresse: quem é que nunca ficou com dor no pescoço após uma discussão com o chefe no trabalho, ou depois de enfrentar um trânsito horrível na hora de voltar para casa? “Isso só acontece porque o estresse aumenta a tensão muscular e predispõe o surgimento de pontos dolorosos. A longo prazo, esses problemas são grandes causadores de limitação e de queda na qualidade de vida”, alerta Patricia Suassuna.
- Alimentação desregrada: quem come muita besteira, com frequência, acaba sofrendo pela deficiência de vitaminas e minerais que são fundamentais para o bom funcionamento do organismo. As quantidades de zinco, magnésio, selênio, cobre e vitamina D que retiramos da alimentação, por exemplo, fazem toda a diferença no aparecimento e agravamento das dores nas costas. “A falta desses minerais acelera o processo de estresse oxidativo, causando inflamação crônica e dor. A carência de vitamina D também está associada à dor, pois ela é um importante modulador de inflamação”, diz a nutricionista Mariana Froes, do CMD. Segundo a especialista, pacientes que sofrem de dor crônica também precisam limitar o consumo de açúcares, gorduras saturadas e farinha branca.
- Muito trabalho e pouco sono: jornadas compridas aumentam o estresse e normalmente nos obrigam a ficar várias horas seguidas numa mesma posição, o que é péssimo para a coluna. A falta de repouso também é extremamente nociva. “Sempre que realizamos qualquer tipo de esforço, todas as estruturas corporais sofrem microtraumas, que são reparados com o sono. Acumular mais microtraumas do que podemos reparar é a base para as lesões de esforços repetitivos”, adverte o ortopedista Barone.
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