quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

AGENTES DE ENDEMIAS DE NATAL/RN

Sem trabalho dos agentes de endemias, risco de epidemia de dengue aumenta em Natal

Imagem/Ilustrativa Blog "naserra"
São quase oito meses que o trabalho de combate à dengue não está funcionando em Natal. Segundo o diretor do Sindicato dos Agentes de Endemias do RN (Sindas), Cosmo Mariz, a falta de condições mínimas para trabalho em campo impede a ação dos agentes, situação que põe a cidade e a saúde da população em risco. O líder sindical ainda afirmou que a possibilidade de infestação se torna ainda maior porque, no ano passado, o ciclo de visitas dos agentes foi quebrado.

O Ministério da Saúde preconiza que os Agentes de Endemias realizem o mínimo de seis visitas nos bairros da cidade no período de um ano. Entretanto, há casos onde só foram realizados três ciclos de visitas. Dentre os bairros que costumam ter os maiores índices de dengue estão o bairro de Mãe Luíza e Alecrim, na zona Leste; Quintas, Bom Pastor, Guarapes e Felipe Camarão, pertencentes à zona Oeste; Planalto e Ponta Negra no distrito Sul e, na zona Norte, quase todos os bairros.

“Na zona Norte é onde se encontram os casos mais graves, já que o ciclo de visitas foi o mais prejudicado. Com a paralisação das visitas, os índices de infestação devem ter aumentado”, avalia Cosmo Mariz. “Precisamos de equipamentos básicos para poder voltar às atividades, além de uma quantidade maior de agentes. Hoje temos 512 agentes para trabalhos de campo, dos quais 154 estão com o contrato temporário já terminando. E posso garantir que, com menos de 500 agentes, não temos condições de cumprir com a meta”, disse.

De acordo com Cosmo, o Sindas já se reuniu com o atual secretário Municipal de Saúde, Cipriano Maia, e com o diretor do Centro de Controle de Zoonoses, Alexandre Tavares, para discutir as necessidades mais urgentes para a volta dos trabalhos. “A atual administração se mostrou muito atenciosa e interessada em resolver os problemas. A reunião foi muito positiva e esperamos resultados em breve”, afirmou Cosmo Mariz.

Entre os acordos discutidos em reunião, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) garantiu a disponibilidade de equipamentos de trabalho, materiais de uso pessoal, ampliação de quadro de funcionários e direitos do trabalhador. Além disso, o sindicato reafirmou a importância da volta do Zoneamento, onde a cidade deverá ser dividida em zonas administrativas por agentes fixos.

“Essa medida é uma forma de identificar e resolver os problemas da comunidade de uma maneira mais rápida e eficaz. O sistema de Zoneamento prevê a atuação de um agente para 800 a 1 mil imóveis”, disse Cosmo. A reportagem d’O Jornal de Hoje tentou contato com o secretário Cipriano Maia, mas ele não atendeu nem retornou as ligações. A assessoria da SMS não encontrou outra pessoa que pudesse falar sobre o assunto.


FONTE







Por: Carolina Souza

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