Imagem/Arquivo Blog "naserra" |
Hoje é comemorado o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, e em alusão à data, a Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN), por meio do curso de Ciência da Religião realizará um Ato de Paz, e um debate entre professores e alunos da instituição e da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). A atividade é aberta para o público em geral.
Intitulado “Roda de Conversa: Conhecendo e Combatendo a Intolerância Religiosa”, o evento será realizado nesta segunda-feira (21), a partir das 18h, no Complexo Cultural de Natal, localizado na avenida Dr. João Medeiros Filho, s/n, na zona Norte de Natal. A proposta é que os participantes possam discutir sobre a intolerância religiosa e planejar ações e estratégias de enfrentamento a esse problema. Também será estudada a formação de comissões para diversidades religiosas nas instituições, para atender aos alunos de diversas crenças.
De acordo com o professor Genaro Camboim, do curso de Ciência da Religião, do Campus de Natal da UERN, o evento será uma oportunidade de estudar maneiras de combater esse crime. “A intolerância religiosa é um crime que precisa ser combatido cada vez mais, e a UERN e UFRN estão unidas nesse propósito, pois sabemos que esse combate só será efetivo através da educação. A tolerância religiosa e o respeito pela crença do outro deve ser inserida nas salas de aula desde a educação infantil até à universidade, mas os professores precisam ser preparados para ministrar esse assunto. Infelizmente, na maioria das escolas, as aulas denominadas ‘ensino religioso’ são ministradas por filósofos ou historiadores, que não têm uma formação específica nesta área de ciência religiosa. O correto seria o governo abrir concurso para professores formados nessa área, pois assim, os alunos aprenderiam os fundamentos da religião, e desde o início exerceriam a tolerância religiosa, sem demais influências”, disse o professor Genaro.
A intolerância religiosa é um conjunto de atitudes ideológicas ou práticas contra a religião de alguém, desrespeitando o direito à liberdade de expressão e de culto, asseguradas pela Constituição Federal e pela Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Muitas vezes, a intolerância religiosa é agravada por atos violentos, como agressão física e moral, ofensas, perseguições e até mesmo homicídios. Em outros casos, o preconceito é demonstrado com ataques aos objetos, desmoralização de símbolos religiosos com queimas de bandeiras, imagens, roupas típicas e etc.
A prática da intolerância religiosa é crime inafiançável no Brasil, previsto na Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, alterada pela Lei nº 9.459, de 15 de maio de 1997, que considera crime a prática de discriminação ou preconceito contra religiões, com pena de no mínimo 1 a 3 anos de reclusão e multa. As denúncias podem ser feitas pelo Disque 100, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH).
Para o professor Genaro Camboim, “há um diferença entre intolerância religiosa e crítica religiosa. A crítica envolve apenas a opinião de alguém a respeito dos dogmas religiosos de outro, sem o objetivo de ofender ou desrespeitar. Já a intolerância trata-se de ódio e repulsa pela crença alheia, e isso deve ser denunciada, pois a liberdade religiosa é um direito de todos”.
FONTE
Nenhum comentário:
Postar um comentário