
Dados apontam que 4 em cada 10 mil mossoroenses possuem a doença (Divulgação)O Brasil só perde para a Índia em número de casos registrados de hanseníase.
Em 2011, o país notificou aproximadamente 34 mil novos casos da doença, número reduzido se comparado aos 127 mil casos na Índia. Em Mossoró, o número de casos continua alto, em 2012 foram computadas 112 ocorrências.
A coordenadora do Programa de Hanseníase em Mossoró, Mércia Cristina, explicou que o número de casos de hanseníase tem se mantido estável, anualmente são registrados cerca de 100 novos portadores da doença.
"A Organização Mundial da Saúde (OMS) preconiza que o indicado é que seja apenas 1 caso de hanseníase a cada 10 mil habitantes. No município atualmente este número tem sido um pouco maior, são 4 casos para cada 10 mil. Essa quantidade já reduziu bastante através de ações continuadas, em 2005 essa estatística era de 10 casos a cada 10 mil habitantes", esclareceu a coordenadora.
Ela complementa dizendo que no município há regiões onde são registrados maiores incidências da doença.
"Durante as campanhas e estudos, percebemos que alguns bairros de Mossoró possuem mais casos da doença, é o caso do Barrocas, Santo Antônio, Belo Horizonte e Lagoa do Mato. Nesses ambientes percebe-se que as residências são menores, as pessoas têm mais contato umas com as outras, são muitas pessoas convivendo em um mesmo espaço, isso favorece a transmissão, pois ela acontece com a convivência próxima e prolongada".
Especialistas afirmam que diagnóstico precoce evita sequelas
É importante que as pessoas estejam atentas aos sintomas da doença, pois o diagnóstico precoce evita sequelas, como lesões nos pés e nas mãos, que em muitas vezes devido à gravidade da infecção precisam ser amputados.
Os sintomas mais comuns são manchas brancas, vermelhas ou marrons em qualquer parte do corpo, com alteração da sensibilidade, caroços, algumas vezes avermelhados e doloridos, perda de sensibilidade ao calor, à dor e ao tato, febre, edemas e dores nas articulações.
Ao perceber qualquer um desses sintomas basta que o paciente se dirija a uma unidade de saúde para fazer exames. O tratamento é gratuito e pode levar cerca de 6 meses a um ano, dependendo do estágio da doença.
Fonte: Redação do Jornal O Mossoroense
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