Em 24 horas - entre às 19h da quarta-feira, 29, e às 7h da manhã de ontem , 30, as chuvas que caíram sobre Natal, de aproximadamente, 64 mm, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e Empresa de Pesquisa Agropecuária do RN (Emparn) superaram a média normal para todo o mês de janeiro, que é de 55 mm. A forte chuva persistiu ininterrupta por pelo menos 15 horas.
Emanuel Amaral
Desde cedo, a Salgado Filho estava com pontos de alagamento e tráfego mais lento. Engarrafamento se estendeu até a BR-101 |
Nesta sexta-feira, 31, as áreas de instabilidade continuam sobre o Rio Grande do Norte e a Paraíba provocando chuva moderada no litoral e no interior. Segundo o meteorologista Alexandre Santos, da Sala de Situação/SEMARH, as chuvas deverão continuar ao longo do dia, com o céu nublado com pancadas de chuva no leste e pancadas de chuva isolada nas demais áreas.
Para hoje, a previsão é de que o céu continue nublado a parcialmente nublado com pancadas de chuva no leste, pancadas de chuva e possíveis trovoadas isoladas nas demais áreas. Ontem, ao sair de casa, natalenses encontraram congestionamentos, ruas alagadas, semáforos sem funcionar e poucos agentes de trânsito para orientar o tráfego de veículos nas vias. Devido às chuvas, o atendimento em uma Unidade de Saúde da Família (USF) no bairro de Nossa Senhora da Apresentação, na zona Norte, foi suspenso.
A Avenida Salgado Filho, uma das principais da cidade, desde cedo estava com ponto de alagamento no encontro com a rua Professor Almeida Barreto, onde tanto a rua como parte das calçadas estavam tomadas pelas águas da chuva. Devido ao alagamento, o tráfego no local ficou mais lento, causando engarrafamento que se estendia pela BR-101.
Em trecho da avenida Bernardo Vieira no Alecrim, próximo à avenida 6, outro ponto de alagamento exigia mais cuidado dos condutores. Além dos locais de acúmulo de água, outro problema que afeta a cidade quando chove são os semáforos, que param de funcionar. A reportagem constatou pelo menos dois pontos onde houve esse problema, um deles num cruzamento da Avenida Rio Branco, com a rua Ulisses Caldas. Motoristas e pedestres tinham dificuldade para trafegar pelo local.
O mesmo problema foi constatado no cruzamento da rua Amintas Barros com a avenida Jaguarari, mas por volta das 9h30 dois agentes da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob) estavam no local para orientar o trânsito, enquanto um terceiro funcionário trabalhava no conserto do semáforo.
De acordo com a Semob, quatro semáforos queimaram devido às chuvas de ontem. Ainda segundo a secretaria, os principais motivos do congestionamento foram o alto número de veículos da cidade, além das interdições para as obras de mobilidade e da atenção redobrada, necessária nos dias de chuva. Foram contabilizadas 12 colisões.
Emparn registra chuva em 70 localidades do RN
A Gerência de Meteorologia da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN) registrou a ocorrência de chuvas nas últimas 24 horas em 70 localidades do Rio Grande do Norte. As precipitações foram mais intensas no litoral Leste. Os principais índices foram observados em Canguaretama (102,5mm); Senador Georgino Avelino (93,3mm); Baía Formosa, (92,8mm), Goianinha (86,3mm) e Natal (64mm). Em Itajá, na Mesorregião Oeste Potiguar, foi observada a maior precipitação do Estado (198mm).
O Departamento de Defesa Civil de Natal da Secretaria Municipal de Segurança e Defesa Social (Semdes), atendeu a doze ocorrências em toda a cidade nas últimas 24 horas. As chamadas se concentraram na zona Norte e na zona Leste da capital potiguar. Dessas ocorrências, o caso que gerou mais preocupação ocorreu no Loteamento Novo Horizonte, onde cinco residência foram alagadas, sendo a situação de uma delas mais grave. Moradores foram abrigados pelos próprios vizinhos da comunidade, conseguindo salvar os móveis e eletrodomésticos.
Osair Vasconcelos, titular da Semdes, afirma que nenhum dano foi provocado às casas e às famílias, bem como a situação não apresenta novos riscos. O volume máximo de chuvas registrados em Natal nas últimas 24 horas foi de 99,51 mm na zona Norte e o mínimo foi de 50,61 mm no bairro Guarapes na zona Oeste, segundo medidores mantidos pela Secretaria Municipal de Segurança Pública e Defesa Social (Semdes) em parceria com o Ministério da Integração.
Foram identificados também alagamentos nas avenidas Salgado Filho, Ayrton Senna, João Medeiros Filho, Capitão-Mor Gouveia e Rio Branco. O Corpo de Bombeiros Militar também recebeu chamados devido à chuva, mas todos relativos a quedas de árvore e queda de galhos. A Central de Operações da corporação afirma que até a tarde de ontem, cinco ocorrências foram registradas. A Unidade de Saúde da Família de Planície das Mangueiras, no bairro de Nossa Senhora da Apresentação, zona Norte, teve duas salas interditadas devido ao alagamento.
Segundo o Sindicato dos Servidores da Saúde (Sindsaúde), a sala de preparo dos pacientes e a farmácia foram alagadas. De acordo com Lucilda Tavares Santiago, diretora da unidade, nenhum medicamento ou produto foi prejudicado pelo alagamento. Na Central do Cidadão do Alecrim, uma goteira descia pelo teto e por um ar condicionado. Segundo funcionários, o serviço não foi prejudicado, mas os usuários não puderam esperar na fila, que normalmente fica do lado de fora, devido às chuvas.
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