Dengue atinge mais de 1.500 pessoas neste ano
Entra e sai ano, e a dengue continua a preocupar em Mossoró. Já são 2.978 casos notificados e 1.518 confirmados este ano (janeiro a 24 de novembro), e a situação ainda pode piorar. O alerta é do Ministério daSaúde: Mossoró está entre os 48 municípios brasileiros com risco de epidemia de dengue, segundo levantamento oficial divulgado há uma semana.
Em Mossoró, os casos confirmados este ano superam os de 2010 e já houve morte por dengue em 2011, segundo o Departamento de Vigilância à Saúde do Município. A situação preocupa porque a rede de enfrentamento à dengue se mostra ineficiente. A população não contribui como deveria, segundo autoridades sanitárias, e não há profissionais suficientes.
O Sindicato dos Trabalhadores da Saúde do Estado do Rio Grande do Norte (Sindsaúde/RN) denuncia que os agentes de endemias estão sobrecarregados no trabalho de campo contra a doença. Até a recente convocação de 34 agentes não resolve a carência desses profissionais nem fortalece o combate à dengue em Mossoró, haja vista o tamanho da necessidade.
A quantidade continuará insuficiente para cobertura da cidade, segundo o Sindsaúde. A Lei Municipal 922/06 determina 170 agentes de endemias em campo em Mossoró. A convocação dos 34 aumenta o efetivo para 85 agentes, 50% da lei, ou seja, metade do necessário para eficiente combate à dengue em Mossoró. E houve ainda exoneração de agentes com contratos provisórios.
Com isso, 59 áreas continuam descobertas em Mossoró, cada uma com entre 800 e mil imóveis, segundo o Sindsaúde. Ou seja, cerca de 50 mil imóveis estão sem receber visitas dos agentes, tornando-se candidatos a criadouros do mosquito transmissor da dengue, Aedes aegypti. Os agentes trabalham na forma de arrastão para não deixar a população totalmente desprotegida.
Enquanto isso, a dengue avança e preocupa em Mossoró. Pelos números oficiais, 28 pacientes de dengue sofreram graves complicações e nove contraíram a forma hemorrágica da doença. Mas a situação é bem mais grave, porque há casos não comunicados aos órgãos sanitários, principalmente, na periferia e zona rural. Não aparecem nas estatísticas oficiais.
Fonte: O Mossoroense
Em Mossoró, os casos confirmados este ano superam os de 2010 e já houve morte por dengue em 2011, segundo o Departamento de Vigilância à Saúde do Município. A situação preocupa porque a rede de enfrentamento à dengue se mostra ineficiente. A população não contribui como deveria, segundo autoridades sanitárias, e não há profissionais suficientes.
O Sindicato dos Trabalhadores da Saúde do Estado do Rio Grande do Norte (Sindsaúde/RN) denuncia que os agentes de endemias estão sobrecarregados no trabalho de campo contra a doença. Até a recente convocação de 34 agentes não resolve a carência desses profissionais nem fortalece o combate à dengue em Mossoró, haja vista o tamanho da necessidade.
A quantidade continuará insuficiente para cobertura da cidade, segundo o Sindsaúde. A Lei Municipal 922/06 determina 170 agentes de endemias em campo em Mossoró. A convocação dos 34 aumenta o efetivo para 85 agentes, 50% da lei, ou seja, metade do necessário para eficiente combate à dengue em Mossoró. E houve ainda exoneração de agentes com contratos provisórios.
Com isso, 59 áreas continuam descobertas em Mossoró, cada uma com entre 800 e mil imóveis, segundo o Sindsaúde. Ou seja, cerca de 50 mil imóveis estão sem receber visitas dos agentes, tornando-se candidatos a criadouros do mosquito transmissor da dengue, Aedes aegypti. Os agentes trabalham na forma de arrastão para não deixar a população totalmente desprotegida.
Enquanto isso, a dengue avança e preocupa em Mossoró. Pelos números oficiais, 28 pacientes de dengue sofreram graves complicações e nove contraíram a forma hemorrágica da doença. Mas a situação é bem mais grave, porque há casos não comunicados aos órgãos sanitários, principalmente, na periferia e zona rural. Não aparecem nas estatísticas oficiais.
RISCO
No último dia 5, o Ministério da Saúde divulgou os mais recentes dados do Levantamento Rápido de Infestação por Aedes Aegypti (Liraa), que não identifica os casos de dengue no país, mas mostra em quais cidades há mais focos do mosquito transmissor. Dos 48 municípios em situação de risco para epidemia, dois são do RN: Mossoró e Currais Novos.
As cidades com mais de 4% de infestação (quantidade de casas infectadas a cada 100 residências) são consideradas em risco, de acordo com padrões internacionais. Mossoró está com índice de 4,6%. E nos últimos anos, a cidade sempre aparece entre as que mais têm risco de surto de dengue no Brasil e no Estado, o que leva a crer que dengue é algo crônico em Mossoró.
No último dia 5, o Ministério da Saúde divulgou os mais recentes dados do Levantamento Rápido de Infestação por Aedes Aegypti (Liraa), que não identifica os casos de dengue no país, mas mostra em quais cidades há mais focos do mosquito transmissor. Dos 48 municípios em situação de risco para epidemia, dois são do RN: Mossoró e Currais Novos.
As cidades com mais de 4% de infestação (quantidade de casas infectadas a cada 100 residências) são consideradas em risco, de acordo com padrões internacionais. Mossoró está com índice de 4,6%. E nos últimos anos, a cidade sempre aparece entre as que mais têm risco de surto de dengue no Brasil e no Estado, o que leva a crer que dengue é algo crônico em Mossoró.
Cerca de 85% dos focos estão dentro das residências
Com a insuficiência de agentes de endemias e a proximidade do período chuvoso em Mossoró, torna-se ainda mais importante a participação na comunidade no combate à dengue, cuja ferramenta mais eficiente continua sendo a prevenção. O Departamento de Vigilância à Saúde recomenda medidas simples para evitar focos.
É o caso de não deixar água parada em pneus fora de uso. O ideal é fazer furos nos pneus para evitar o acúmulo de água. Também não se deve deixar água acumulada sobre a laje da residência nem nas calhas, que onde deve se remover folhas, galhos ou qualquer material que impeça a circulação da água.
Outro cuidado importante é com a vasilha embaixo dos vasos de plantas, que não podem ter água parada e que têm que ficar secas ou cobertas com areia. As caixas de água devem ser limpas constantemente e mantidas sempre fechadas e bem vedadas, como também qualquer outro tipo de reservatório de água.
Vasilhas que servem para animais não devem ficar mais do que um dia com a água sem trocar. Garrafas ou latas ou copos devem ser armazenados em locais cobertos e sempre de cabeça para baixo. Se não forem usados, devem ser embrulhados em sacos e descartados no lixo (fechado), entre outras medidas para se evitar acúmulo de água.
É o caso de não deixar água parada em pneus fora de uso. O ideal é fazer furos nos pneus para evitar o acúmulo de água. Também não se deve deixar água acumulada sobre a laje da residência nem nas calhas, que onde deve se remover folhas, galhos ou qualquer material que impeça a circulação da água.
Outro cuidado importante é com a vasilha embaixo dos vasos de plantas, que não podem ter água parada e que têm que ficar secas ou cobertas com areia. As caixas de água devem ser limpas constantemente e mantidas sempre fechadas e bem vedadas, como também qualquer outro tipo de reservatório de água.
Vasilhas que servem para animais não devem ficar mais do que um dia com a água sem trocar. Garrafas ou latas ou copos devem ser armazenados em locais cobertos e sempre de cabeça para baixo. Se não forem usados, devem ser embrulhados em sacos e descartados no lixo (fechado), entre outras medidas para se evitar acúmulo de água.
População é convocada a ajudar na prevenção
O avanço da dengue em Mossoró não decorre apenas da insuficiência de pessoal para combate de campo à doença. A população também tem sua parcela de culpa, porque, segundo o Departamento de Vigilância à Saúde do Município, mais de 85% dos focos do mosquito transmissor estão nas residências, principalmente nos tonéis e potes.
É que, devido a falhas no sistema de abastecimento de água ou até por questões culturais, muitas famílias ainda armazenam água potável em tonéis, criando condições ideais para proliferação do Aedes aegypti: água parada e limpa. Somam-se a isso condições climáticas favoráveis, como chuvas seguidas de sol, que devem se intensificar a partir de janeiro.
Na tentativa de conter a doença, o Programa de Controle à Dengue em Mossoró pretente intensificar ações para os próximos meses, período chuvoso, quando os focos do mosquito aumentam de forma considerável. A ênfase será novamente na educação, a fim de reforçar na comunidade a necessidade de evitar criadouros do mosquito nas suas próprias casas.
É que, devido a falhas no sistema de abastecimento de água ou até por questões culturais, muitas famílias ainda armazenam água potável em tonéis, criando condições ideais para proliferação do Aedes aegypti: água parada e limpa. Somam-se a isso condições climáticas favoráveis, como chuvas seguidas de sol, que devem se intensificar a partir de janeiro.
Na tentativa de conter a doença, o Programa de Controle à Dengue em Mossoró pretente intensificar ações para os próximos meses, período chuvoso, quando os focos do mosquito aumentam de forma considerável. A ênfase será novamente na educação, a fim de reforçar na comunidade a necessidade de evitar criadouros do mosquito nas suas próprias casas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário