As duas medidas, em última instância, acabarão representando mais uma ajuda à Petrobras, que está enfrentando problemas de caixa
O governo quer aumentar a mistura de álcool na gasolina, para ajudar o setor sucroalcooleiro. O Palácio do Planalto está estudando a mudança da lei que permitiria aumentar a mistura de 25% para 27,5%. Antes, porém, quer que seja feita uma pesquisa pelo Inmetro e pelo Centro de Pesquisa da Petrobras, para ter certeza que a adição de etanol à gasolina não será prejudicial ao motor dos carros. O estudo é para respaldar a proposta de mudança legal, hoje limitada a 25%, e evitar que a presidente Dilma Rousseff seja acusada de adotar medida tecnicamente equivocada.
O Planalto quer ainda usar o dinheiro do Inovar Auto, a política industrial de estímulo voltada para as montadoras, para que sejam realizadas outras pesquisas que levem ao aumento da eficiência energética dos carros flex. Essa medida também ajudaria a revitalizar a cadeia de produção de etanol, que está em crise desde 2008, pleiteando socorro do governo. Neste caso, o governo quer encontrar um meio para o carro a álcool se tornar mais econômico.
Estas medidas foram discutidas nesta quarta-feira, 11, no Palácio do Planalto, em reunião do ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, com representantes do setor sucroalcooleiro, da Anfavea e dos Ministério das Minas e Energia e da Indústria e do Comércio. A presidente da União da Indústria da Cana de Açúcar (Unica), Elizabeth Farina, que estava no encontro, deixou o Planalto “animada”. Farina disse que saiu com “impressão firme de que medidas serão tomadas em benefício do setor”. Para ela, “foi um empurrão político forte”.
As duas medidas, em última instância, acabarão representando mais uma ajuda à Petrobras, que está enfrentando problemas de caixa. A permissão para o aumento da mistura do álcool à gasolina, poderá ser mais um alívio nas contas da estatal, já que ela poderá reduzir a importação de combustíveis. O governo também quer aproveitar para revitalizar toda a cadeia do etanol.
Fonte: Agência Estado
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