Estoque de milho está abaixo de 6%
Emanuel AmaralEm Natal, o armazém tem pouco mais de 445 mil quilos de milho
Enquanto não sai o resultado do leilão do milho previsto para segunda-feira (6) e que será doado aos Estados do Nordeste em situação de emergência, a Companhia Nacional de Abastecimento só dispõe, hoje, de duas mil toneladas de grãos para atender os mais de 18 mil agropecuaristas do Rio Grande do Norte cadastrados na Companhia.
O superintendente da Conab, João Maria Lúcio da Silva, informou que no começo da semana a Conab já havia recebido 222 toneladas de milho e, ontem, chegaram mais 73 toneladas de milho ensacado para a venda em balcão a saca de 60 quilos, no valor de R$ 18,00 para quem tem direito a um limite de até três toneladas e R$ 21,12 para quem precisa consumir entre 3,1 e seis toneladas.
No ano passado, a Conab solicitou 93 mil toneladas, mas ainda faltam chegar 10 mil toneladas. Para 2013, segundo João Lúcio, o pedido foi de 110 mil toneladas, mas até agora só chegaram 18 mil toneladas. Ele explicou que no leilão do dia 6 está prevista a aquisição de 83 mil toneladas de milho, dos quais, cinco mil serão destinados à reposição dos estoques da Companhia no Estado, sendo 1.500 toneladas para os armazéns de Natal, em Lagoa Nova e Cidade Satélite, e 1.000 toneladas para os armazéns de Mossoró e Umarizal. Além disso, terá a doação de 12 mil toneladas ao Governo do Estado para venda direta aos agropecuaristas dos 142 municípios atingidos pela estiagem.
Venda direta
Ao falar sobre a doação de grãos ao Estado, o secretário estadual da Agricultura, da Pesca e da Pecuária, José Teixeira de Souza Júnior, afirmou que vai sugerir ao governo federal uma mudança no plano de logística para o transporte das 12 mil toneladas de milho que serão doadas ao governo do Estado. O secretário vai propor a venda direta do milho aos agropecuaristas dos 142 municípios em situação de emergência, na bolsa de commodities, sem que o Estado tenha que se responsabilizar pelo transporte e venda do produto.
A proposta deve-se às dificuldades operacionais para embarcar o milho, principalmente devido à falta de caminhões graneleiros, hoje usados no pico da safra de soja, no Centro-Oeste do país. Teixeira Júnior acredita, que hoje, a melhor alternativa é que o produtor rural “compre o milho diretamente na bolsa de commodities e ele mesmo faça o transporte dos grãos”.
Ele disse que essa sugestão será feita ao secretário nacional de Política Agrícola, Neri Geller, que hoje vai estar no Rio Grande do Norte acompanhando ministros de outras pastas que vão se encontrar com os prefeitos potiguares a partir das 9h30, na Escola de Governo, no Centro Administrativo de Lagoa Nova.
Segundo João Lúcio caberá ao governo um total de 28,8 mil toneladas, incluindo as 12 mil que serão adquiridas no leilão da segunda. Pela Medida Provisória 610, de 2 de abril deste ano, o governo será responsável pela remoção do produto até o porto de Natal, onde deverá aportar os navios oriundos do porto de Paranaguá (PR) entre os dias 15 e 21 de junho, pelo ensacamento e distribuição.
Até 50% dos recursos recebidos com a venda do milho doado poderão ser destinados para cobrir custos, mas a diferença deve ser alocada em ações de apoio aos pequenos criadores, no tocante à alimentação animal.
A proposta deve-se às dificuldades operacionais para embarcar o milho, principalmente devido à falta de caminhões graneleiros, hoje usados no pico da safra de soja, no Centro-Oeste do país. Teixeira Júnior acredita, que hoje, a melhor alternativa é que o produtor rural “compre o milho diretamente na bolsa de commodities e ele mesmo faça o transporte dos grãos”.
Ele disse que essa sugestão será feita ao secretário nacional de Política Agrícola, Neri Geller, que hoje vai estar no Rio Grande do Norte acompanhando ministros de outras pastas que vão se encontrar com os prefeitos potiguares a partir das 9h30, na Escola de Governo, no Centro Administrativo de Lagoa Nova.
Segundo João Lúcio caberá ao governo um total de 28,8 mil toneladas, incluindo as 12 mil que serão adquiridas no leilão da segunda. Pela Medida Provisória 610, de 2 de abril deste ano, o governo será responsável pela remoção do produto até o porto de Natal, onde deverá aportar os navios oriundos do porto de Paranaguá (PR) entre os dias 15 e 21 de junho, pelo ensacamento e distribuição.
Até 50% dos recursos recebidos com a venda do milho doado poderão ser destinados para cobrir custos, mas a diferença deve ser alocada em ações de apoio aos pequenos criadores, no tocante à alimentação animal.
Sape afirma que proposta pode agilizar transporte
“O comprador teria a liberdade de escolher como fazer esse transporte do milho, tudo ficaria mais fácil”. Ele frisou que “o ressarcimento ao agricultor seria feito por intermédio da Conab. Precisariam apenas de uns ajustes nos mecanismos que já existem”. Além do RN, a Conab destinará 30 mil toneladas de milho para o Ceará, 16 mil para a Paraíba e 25 mil para Pernambuco.
Teixeira Júnior disse a logística proposta pelo governo pode agilizar o transporte. “O agropecuarista não pode esperar mais tanto tempo para o embarque das 12 mil toneladas”, disse ele. A previsão é de que o produto comece a ser liberado até a segunda quinzena de junho para o porto de Natal.
“A demora é muito ruim para os produtores rurais. Vamos tentar viabilizar outra forma de chegada do milho”, disse Teixeira Júnior, para adiantar que o governo federal poderá bancar o frete do grão.
Valdir Julião - repórter
FONTE
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