A população de Pedra Preta, cidade localizada a 180km de Mossoró, vem sofrendo com uma grande sequência de abalos sísmicos. Na noite desta quinta-feira (31), a sequência de tremores fez a população ser recomendada a dormir fora de casa. Na manhã desta sexta-feira (1), a cidade sofreu novos tremores enquanto o chefe de gabinete municipal, Jorge Alessandro Ferreira, concedia entrevista por telefone ao Jornal De Fato.
“Estão acontecendo a todo momento. Quando menos se espera, sentimos tremor de terra. Como agora, que é dos grandes. A situação é muito complicada”, declarou.
O quadro crítico foi intenso também na quinta-feira, quando pelo menos sete abalos aconteceram na cidade e boa parte da população teve que dormir pelas ruas da cidade. Os abalos ocorreram, por volta das 20h, sendo que sete deles tiveram magnitude superior a 2.0 e pelo menos dois ultrapassaram os 3.0.
As pessoas que foram recomendadas a dormir fora de casa são sobretudo as mais simples, que ainda não conseguiram equipar as casas com materiais que previvam maiores danos.
“Algumas casas são equipadas com telhas de uma qualidade melhor, que previnem danos materiais intensos. As pessoas compraram em 2010, quando aconteceram os primeiros abalos. Desde então, sempre acontece quando o clima está quente, mas nunca tão grave, como neste ano. Acredito que todos agora vão ter que mudar o telhado, pelo menos como medida preventiva”, ressaltou Jorge Alessandro.
O departamento de estudos de ciência e tecnologia da UFRN (Laboratório de Sismologia) está realizando acompanhamento constante da situação. Por isso, uma equipe do departamento de ciência e tecnologia esteve na última quarta-feira (30), para realizar uma palestra e tranquilizar a população. Instalaram uma base de monitoramento em tempo real, com link de internet.
“Tranquilizou um pouco, mas precisamos de mais medidas, e que não sabemos ainda quais, além de equipar a casa com um melhor telhado e pedir para a população sair de casa”, comentou o secretário, revelando ainda que a UFRN vem adquirindo melhores equipamentos, para acompanhar a situação de Pedra Preta. “Desde 2010, existe uma tecnologia para medir a intensidade dos abalos na cidade. Agora, será implantada a tecnologia 3D, para que o acompanhamento seja em tempo real”, declarou Jorge.
Orientação - Os pesquisadores do Laboratório de Sismologia da UFRN já estao em Pedra Preta. São eles; Joaquim Ferreira e Eduardo Menezes. Eles declararam, antes de embarcar para o município na manhã desta sexta-feira que iriam continuar orientando a população a se manter fora de suas casas. É que geralmente nestes casos de tremores pequenos seguidos resultam em uma atividade de maior intensidade, o que causaria danos nas partes e telhado das residências, podendo deixar feridos.
FONTE
Carlos Guerra Júnior/Da Redação
Nenhum comentário:
Postar um comentário