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Foi anunciado nesta terça-feira, 29, pelo ministro da Saúde, Arthur Chioro, a introdução da vacina contra hepatite A no Calendário Nacional de Vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS). As doses são direcionadas às crianças de 12 a 23 meses e já foram distribuídas para os postos de saúde de todo o País.
Segundo o Ministério da Saúde (MS), o Rio Grande do Norte receberá para o início da vacinação 19.900 doses. Já o público-alvo corresponde a 46.987 crianças.
O MS informa que para o início da campanha, estados e municípios já receberam mais de 1,2 milhão de doses da vacina. Outros lotes da vacina serão encaminhados, ainda este ano e no decorrer de 2015 para atender 100% do público-alvo.
No Nordeste serão distribuídas 340.900 para mais de 832 mil pessoas habilitadas a receberem a dose. No Brasil o número chega a quase 1,2 milhão de doses para um público-alvo de 2.904.699.
Com isso, o Brasil passa a oferecer, gratuitamente, 14 vacinas de rotina, garantindo todas as vacinas recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS). A meta do Ministério da Saúde é imunizar 95% do público-alvo, cerca de três milhões de crianças.
O objetivo é prevenir e controlar a hepatite A e, dessa forma, imunizar, gradativamente, toda a população. O esquema vacinal preconizado pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde, prevê uma dose única da vacina. Será feito o monitoramento da situação epidemiológica da doença para definir a inclusão ou não de uma segunda dose no calendário da criança.
Desde 2006, a taxa de incidência de hepatite A no Brasil tem apresentado tendência de queda, atingindo 3,2 casos para cada 100 mil habitantes em 2013. De 1999 a 2013, foram registrados 151.436 casos de hepatite A no País. A maioria dos casos se concentra nas regiões Norte e Nordeste, que, juntas, representam 55,8% (84.501) das confirmações neste período. As regiões Sudeste abrangem 16,4% (24.835); Sul 16,3% (24.684); e Centro-Oeste 11,6% (17.566) dos casos. Estima-se que, com a vacina para hepatite A, ocorra uma queda de 64% dos casos ictéricos da doença e de 59% das mortes.
Nas crianças, a hepatite A pode não manifestar sintomas. Em uma minoria de casos, há febre, dores musculares, vômito, náuseas, cansaço e mal-estar – sinais semelhantes aos de uma virose. Como elas constituem o grupo com maior incidência da doença, é importante que todas as crianças estejam protegidas. Para evitar a doença, é importante lavar sempre as mãos, inclusive dos bebês, e higienizar os alimentos são outras formas de blindagem.
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