segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

O FUTURO DOS ROSADOS NA POLITICA

Família Rosado planeja acordão para 2016
     
A ressaca da campanha eleitoral deste ano no Rio Grande do Norte não foi suficiente para “esfriar” o clima político em Mossoró. Embora muita gente esteja “mergulhada” e na “maresia”, os entendimentos com vistas ao processo eleitoral que acontecerá em 2016 já começaram, pelo menos, para a ala mais velha e tradicional dos Rosado.
             
.
           Foto: Ednilto Neves                                                            Foto: Ednilto Neves   
Rosalba: péssimo governo a descredencia
a eleições futuras .

Sandra tem no rosalbismo, tentativa
de sobrevivência política.


Depois dos “acordões” político-eleitorais em torno do candidato derrotado ao Governo do Estado, deputado federal Henrique Eduardo Alves (PMDB), a junção agora será em Mossoró e, seguindo a mesma discrepância ocorrida no processo sucessório deste ano. Tudo indica que, durante o veraneio, o sandrismo (núcleo político da família Rosado liderado pela deputada Sandra Rosado) vai baixar à guarda para o rosalbismo (núcleo da família Rosado liderado pelo ex-deputado Carlos Augusto) e, com isso, as duas correntes da mesma família, inimigas há décadas, ensaiam uma “paz pública”, cuja intenção principal dos grupos é a busca pela sobrevivência.

A decisão não será tomada por conciliação, afinidade ideológica ou pessoal, mas por uma pura necessidade de manutenção no tabuleiro da complexa política mossoroense. Com a derrota da deputada federal Sandra Rosado (PSB) e da estadual Larissa Rosado (PSB) no pleito passado, além da inelegibilidade de Rosalba Ciarlini (DEM) que deixa o governo com 70% de rejeição, os dois grupos parecem não ver outro caminho.

A médica Rosalba Ciarlini, ao concluir o seu desastroso governo, vai se desligar do Democratas. A atual chefe do Poder Executivo norte-rio-grandense deve migrar pra outra agremiação partidária. Nos meios políticos, especula-se que o destino será o Partido Progressista (PP) que conseguiu eleger o jovem filho do deputado federal Betinho Rosado (PP), Betinho Segundo (PP), agora chamado de Beto Rosado.

Entre aqueles que não acompanharam a mudança política que ocorreu em Mossoró e após a eleição de outubro no Rio Grande do Norte, Rosalba Ciarlini aparece como imbatível, mas é de conhecimento público que transformação de Rosalba em uma espécie de mito político se configura em um discurso criado por seus próprios seguidores, que são chamados de forma irônica como os “rosalbistas ortodoxos”, termo cunhado para rotular os correligionários quase que fanáticos da governadora. “Não entendemos como esse povo, os rosalbistas ortodoxos ainda olham Rosalba como uma semideusa. Eles se enganam a todo tempo inventando obras que não existem, desqualificam indicadores, tudo com o objetivo de preservá-la, mas sabemos que, ao deixar o governo, ela (Rosalba) será lembrada pela forma desastrosa como governou o Estado”, comentou um tradicional adversário político do rosalbismo, manifestando uma opinião desfavorável quanto ao seu retorno ao comando do Executivo mossoroense.

A partir de janeiro vindouro, sem o governo e com muitos problemas que devem explodir no primeiro ano do governo de Robinson Faria (PSD) que vai ter de arrumar a casa, não será difícil manter intacta a imagem de Rosalba. O peso do marido, ex-deputado Carlos Augusto (sem partido) também não é mais digerido pelos mossoroenses, que consideram o modelo, a ‘praxis política’ do chefe da Casa Civil arcaico e fora de tempo.

Além disso, todo o grupo formado durante a campanha municipal de 2012 que deu a vitória ao grupo de Rosalba se fragmentou. Ela viu um a um abandonar o seu barco, incluindo a ex-prefeita Cláudia Regina Freire Azevedo (DEM), que preferiu ficar com seu algoz, o presidente nacional do Democratas, senador José Agripino Maia(DEM).

Em situação semelhante estão as deputadas Sandra e Larissa. Além das derrotas políticas, elas têm de conviver com outras perdas, como por exemplo, o comando da Casa de Saúde Dix-sept Rosado que está sob intervenção da Justiça Federal. Nos bastidores, fala-se ainda em dificuldades do grupo para manter o conglomerado de comunicação da família que já começou a sofrer baixas com a redução na TV Mossoró.

Fragilizados política e partidariamente, os dois agrupamentos ensaiam essa aproximação política e, como ocorreu com Henrique, vão tentar vender como “novo” o que está rachando de velho. Como fizeram Sandra e Rosalba, tentar impor os nomes no grito, ainda que seja a única estratégia.

FONTE

POSTADO POR

Nenhum comentário:

Postar um comentário