segunda-feira, 15 de setembro de 2014

PRODUTORES DE COCOS DO RN

Doença ameaça produção de cocos no RN e no Nordeste

O pesquisador Marcos Antônio Barbosa Moreira, da Embrapa/Emparn, constatou a presença de uma enfermidade associada à raiz do coqueiro denominada resinose, que tem como agente causal o fungo Thielavilops paradoxa. A “descoberta” foi feita durante levantamentos em áreas de produção localizadas nos municípios de São José do Mipibú, nas localidades de Arenã e Cobé, atendendo convite de produtores de coco para diagnosticar a causa de tombamento de plantas adultas de coco anão verde.

Esta doença, alerta Marcos Moreira, vem causando sérios prejuízos aos produtores de coco verde em várias regiões produtoras do Nordeste, desde a Bahia até o Ceará. O fungo infecciona o coqueiro por duas vias de transmissão: via insetos como Rhyncophorus palmarum, Metamasius hemípteros e Homalinotus coriáceos e via danos mecânicos no estipe do coqueiro por meio de lesões de máquinas/implementos agrícolas. A outra via de transmissibilidade desta doença, é por contágio que ocorre de planta a planta entre plantas sadias e doenças via lesões radiculares.

Controle

Esta última forma de transmissão da doença é de difícil controle uma vez constatada a doença nas raízes o controle curativo é comprometido, salienta o pesquisador. Neste caso, somente o controle preventivo é indicado para proteger as plantas próximas àquelas doentes. No caso das plantas tombadas, estas deverão ser retiradas totalmente da área de plantio inclusive com a eliminação das raízes. No local da planta eliminada, deve-se colocar 3 Kg de cal virgem na cova e proceder à catação das raízes doentes. Deve-se evitar arrastar a planta doente pela área para evitar disseminar a doença para toda a área atacada.

Saulo Coelho
Coqueiro anão: Tombamento de plantas adultas tem preocupado

Já a transmissão por via insetos, aconselha o pesquisador da Embrapa/Emparn, o monitoramento e a captura massal destes insetos por meio de armadilhas com feromônio adicionadas a partes de abacaxi e ou cana-de-açúcar, minimizam o contágio uma vez que reduz o nível populacional destes insetos na área de produção. Para os danos da resinose ocorridos no estipe, deve ser efetuada a raspagem de toda a área lesionada e a aplicação de fungicidas no local raspado e logo em seguida, a aplicação de uma calda com cimento, visando amenizar a infecção da resinose no tronco do coqueiro.

Recomenda ainda, evitar o uso de gradagem e de roçagem mecanizadas devido provocar lesões nas raízes e disseminar a doença para outras áreas bem como a severidade da doença na área afetada. Deve-se efetuar o monitoramento das pragas e manter a cultura no limpo ao arredor das plantas bem como proceder à adubação química e orgânica equilibrada, conforme as análises laboratoriais, visando aumentar a resistência das plantas ao ataque de insetos-praga e de outras enfermidades.


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