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A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) do Rio Grande do Norte deu início nesta quarta feira (14) à campanha anual de vacinação contra a raiva animal. A expectativa da Subcoordenadoria de Vigilância Ambiental da Sesap é vacinar 695 mil animais, sendo 487 mil cães e 208 mil gatos. Este ano o “Dia D” da campanha será no dia 14 de setembro, quando se desenvolverá em todo o Estado várias ações educativas e de imunização.
Nesta quarta-feira, os 167 municípios iniciam suas ações para imunização destes animais, através de postos volantes onde técnicos irão percorrer áreas rurais e as mais distantes dos Centros de Controle de Zoonozes (CCZs), afim de realizar ações preventivas e de vacinação.
De acordo com a técnica do Programa de Controle da Raiva da Sesap, Jeane Suassuna, o Estado está abastecido com vacinas e insumos de prevenção para que nenhum animal fique sem atendimento e corra o risco de contrair a raiva. “A raiva é uma doença causada pelo vírus Lyssavírus, que ocorre nos mamíferos e pode ser transmitida ao homem pelo animal infectado. Apesar de ser, quase sempre letal tanto para humanos como para os animais é 100% evitável, através da aplicação de soro e da vacina anti-rábica”, enfatizou.
O último caso de humano infectado pelo Lyssavírus, no Estado, aconteceu em 2010 no município de Frutuoso Gomes. Na ocasião, um agricultor foi ferido por um morcego que estava contaminado e por desconhecimento do risco de transmissão da raiva, por essa espécie animal, não procurou atendimento médico e acabou vindo a óbito. Desde então, nenhum outro caso de raiva humana foi registrado no RN.
Jeane Suassuna alerta que de janeiro a julho deste ano foram diagnosticados nove animais contaminados com a raiva no Estado, um bovino em Pedro Velho, quatro morcegos em Natal, Pau dos Ferros e São Miguel, duas raposas em Boa Saúde e São João do Sabugi, e um gato em Lajes Pintadas. “As pessoas devem ficar atentas e não manterem contato com animais silvestres como sagüis, morcegos, raposas, pois assim como os cães e gatos, eles também podem transmitir a raiva ao ser humano, através das mordeduras, arranhaduras e lambeduras. E se houver o contato, a pessoa deve lavar o local lesionado com água corrente e sabão e procurar, imediatamente, um serviço de saúde. Em Natal, o hospital referência para estes casos é o Giselda Trigueiro”, destaca.
No Rio Grande do Norte existem ainda os Centros de Controle de Zoonozes em Natal, Parnamirim, Mossoró, Currais Novos, Serra Negra do Norte e Caicó. Os CCZs são os órgãos responsáveis pelo controle e enfrentamento da raiva animal. Nos municípios que não possuem os Centros, a população deve procurar as Secretarias Municipais de Saúde. “É interessante que a pessoa que sofreu alguma agressão proveniente de animal, ao procurar a unidade de saúde leve consigo o agressor, vivo ou morto, para que o serviço de saúde possa encaminhar a amostra ao Laboratório Central do Estado (Lacen). Com esta medida, a Sesap poderá fazer o monitoramento da circulação do vírus, e desenvolver ações de prevenção contra a doença”, concluiu Jeane Suassuna.
PREVENÇÃO
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) a cada 10 minutos morre uma pessoa contaminada pela raiva, no mundo, num total de 50 mil mortes por ano. A única forma de proteger seu animal de estimação cão e gato contra a raiva é através da vacina anti-rábica que é gratuita e deve ser tomada a cada ano. O animal de estimação só pode tomar a vacina a partir dos 90 dias de vida, fêmeas prenhes, animais idosos ou que estejam amamentando também devem ser vacinados.
Qualquer pessoa que tenha sido mordida ou arranhada por um animal do qual não sabe se foi vacinado contra a raiva (cão e gato) deve lavar o ferimento cuidadosamente com água e procurar, imediatamente, a unidade de saúde mais próxima. Se for possível, o animal agressor deve ficar preso até que um veterinário possa vê-lo. O animal deve ficar em observação por, pelo menos, 10 dias. Se ele apresentar comportamento diferente, mesmo que não tenha agredido ninguém, não o mate. Procure o serviço de saúde. Recomenda-se, ainda, não tocar em animais desconhecidos, com comportamento estranho, feridos ou doentes, não perturbar animais quando estiverem comendo, bebendo ou dormindo, não separar animais que estejam brigando, não entrar em grutas ou cavernas e tocar qualquer tipo de morcego (vivo ou morto) e não criar animais silvestres ou tirá-los de seu habitat natural. A vacina anti-rábica utilizada na campanha não pode ser utilizada por outras espécies de animal, como macacos, coelhos, hamsters, só em cães e gatos.
Para vacinar os animais é necessário apresentar a carteirinha de vacinação. O documento também poderá ser feito no local.
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