A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), através do Programa Estadual de Controle do Tabagismo e parceiros, promove ações de conscientização acerca dos perigos e danos que o tabaco provoca na saúde física e social do ser humano.
As atividades marcam o Dia Nacional de Combate ao Fumo, que este ano tem como tema "Proibição de Publicidade, Promoção e Patrocínio do Tabaco".
A iniciativa busca reduzir ainda mais o índice de norte-rio-grandenses que são fumantes, uma vez que, segundo dados do Programa Estadual de Controle do Tabagismo, no período de 2006 a 2011 a prevalência em maiores de 18 anos caiu de 13,5% para 11,4%.
Na manhã de ontem, a Sesap e o Hospital João Machado realizaram uma caminhada no Parque das Dunas, das 7h30 às 8h30. Logo em seguida os participantes foram à unidade hospitalar onde participaram de um café da manhã saudável e uma palestra educativa sobre a prevenção ao tabagismo.
Às 16h o Ambulatório de Prevenção e Tratamento de Tabagismo, Alcoolismo e outras Drogadições (APTAD), localizado na avenida São Miguel dos Caribes, s/n, em Pirangi/RN, sediou palestras, lanche e ações educativas para os pacientes e seus familiares.
Amanhã a Sesap e a Secretaria Municipal de Saúde de Parnamirim realizam um passeio ciclístico para chamar a atenção da população da necessidade de prevenção ao tabagismo e os benefícios da atividade física. A concentração acontece às 8h no Centro de Parnamirim.
Lei amplia ações antitabagistas no Estado
Desde 2011 existe uma Lei Federal 12.546 que proíbe a propaganda de cigarros em pontos de venda e também que as empresas produtoras de tabaco patrocinem eventos culturais e esportivos. A nova lei proíbe ainda propagandas de cigarros nos veículos de comunicação, como jornais, televisão e rádio.
Para Lizabeth Guimarães, responsável técnica pelo Programa Estadual de Controle do Tabagismo, a iniciativa do Ministério da Saúde tem como objetivo evitar que os jovens, adolescentes e crianças sejam manipulados pela publicidade e com isso comecem a fazer uso do cigarro. O percentual de fumantes passivos por domicílio ainda é alto no Brasil. A média nacional fica em 11,7% da população adulta brasileira. Em Natal, esse percentual é ainda maior, 14,6%.
Apesar de fumarem menos, as mulheres sofrem mais com o fumo alheio, enquanto que 6,2% fumam, 16,4% da população feminina da capital é fumante passiva contra 12,5% dos homens. O hábito de fumar está associado ao sedentarismo (inatividade física) e ao alcoolismo.
O tabagismo aumenta o risco de morbimortalidade por doenças coronarianas, hipertensão arterial, acidente vascular encefálico, bronquite, enfisema e câncer - alerta.
Lizabeth Guimarães explica que o Rio Grande do Norte tem investido em Unidades de Tratamento ao Fumante. Em Natal, estão funcionando no Hospital Universitário Onofre Lopes, Hospital Giselda Trigueiro, Hospital João Machado e Unidade Básica de Saúde de Mirassol, e nos municípios de Parnamirim, Mossoró, Pau dos Ferros e Rodolfo Fernandes.
Para iniciar o tratamento, o paciente passa por uma triagem, com teste do grau de dependência à nicotina e pesquisa do histórico de outras doenças. O usuário passa por sessões com apoio médico e psicológico, podem ser utilizados adesivos, gomas de mascar e pastilhas com reposição de nicotina e medicamentos para o controle da ansiedade - destaca.
O tabagismo é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a principal causa de morte evitável em todo o mundo. Anualmente, 4,9 milhões de pessoas morrem devido ao uso do tabaco, o que significa mais de 10 mil mortes por dia.
FONTE: Jornal O Mossoroense
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